terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ética na Moda – Texto Crítico

A moda ética defende o respeito aos direitos do trabalhador ligado à indústria têxtil em países pobres e emergentes. Trabalhador este que sempre ficou nos bastidores da moda, alguns fornecendo a matéria prima para o setor têxtil, outros fornecendo roupas de outros países para serem vendidas por muitas marcas européias, mas todos sem reconhecimento algum. E foi a partir desta realidade que atualmente o mundo fashion parisiense resolveu abrir as portas para esta classe também importante na moda, onde grandes estilistas e fabricantes de roupas na França têm em suas marcas o selo da Associação Max Havelaar, organismo internacional independente que certifica produtos do comércio justo: que visa assegurar a pequenos produtores um preço mínimo de venda, reconhecer a mão de obra do trabalhador e lhe permitir melhor condição de vida.

Assim acontece quando estilistas de outros países, como Mongólia e Tailândia são homenageados em grandes eventos de moda realizados na Europa, e também quando marcas brasileiras e franco-brasileiras fabricam peças do vestuário com algodão orgânico e borracha produzidas por uma cooperativa de seringueiros da Amazônia (que luta contra a desflorestação).
O outro ponto importante no mercado da moda ética é a preocupação com o meio-ambiente, algumas marcas européias já lançaram sua primeira linha de roupas éticas: camisetas, camisas e jeans fabricados com algodão produzido segundo as normas do comércio justo. Aliando dessa forma, comércio e rentabilidade a uma iniciativa cidadã e ética. No Brasil já existem algumas marcas, como Osklen, Gooc, Poko Pano, Vide Bula e Hering que trabalham com a “ecomoda”, onde o objetivo é fazer uma moda que respeite o meio ambiente. Essa moda sustentável apropria-se tanto de material reciclado quanto de materiais que não causam danos ao meio ambiente, como tecidos orgânicos e tintas naturais.

Por enquanto, as roupas éticas ainda representam um número ínfimo em comparação aos bilhões de euros que a indústria da moda fatura anualmente na França, mas já se observa um número crescente de empresas participantes nos últimos grandes eventos de moda no mundo. Já com perspectiva de aumento da área do “So Ethic”, com design novo e mais visibilidade no salão para atender a um público maior.
Diante de tantos pontos positivos a moda ética deve expandir-se pelo mundo, estimulando estilistas, fabricantes e consumidores a seguirem essa nova tendência da moda mundial: a moda consciente! Renovando conceitos a partir de comportamentos éticos, quebrando paradigmas e mostrando a todos que moda também é atitude!

Karolina Braz

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